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O carro 1.0 é sempre mais econômico?

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O senso comum diz que os veículos com motor 1.0 são mais econômicos. Mas será que isso é verdade?

Não em todos os casos. O veículo 1.0 pode ser mais econômico para alguns, mas algumas variáveis podem impactar no consumo, tornando esta motorização desvantajosa. Eles são:

1 – Você roda mais na cidade ou na estrada?

É necessário avaliar em qual ciclo o motorista vai rodar a maior parte do tempo. Se for na cidade, realmente o propulsor de 1 litro é mais econômico e corrobora o senso comum. Mas se rodar predominantemente em estradas, não vale a pena.

Esta motorização trabalha em rotações elevadas para manter a velocidade, o que eleva o consumo. Neste caso, veículos 1.4, 1.6 ou até 2.0 serão mais eficientes, pois giram mais “folgados”, com regimes entre 2 mil e 3 mil rpm, enquanto um 1.0 se manterá acima de 4 mil rotações por minuto.

2 – Fique atento ao modo e frequência com a qual circula com carga e passageiros

Caso o motorista rode a maior parte do tempo sozinho, o motor “mil” será mais econômico. Entretanto, ele é muito sensível a aumento de carga e passageiros, sendo que o aumento de consumo pode ser de até 20%, comparando o veículo só com o motorista e totalmente carregado. Assim, quem anda com muita carga e/ou passageiros economizará mais com um veículo de propulsor mais potente.

3 – Conheça o relevo da sua cidade

O veículo 1.0 é muito sensível a subidas, podendo ter grande aumento de consumo em cidades ou bairros de relevo acidentado. Em locais planos, este motor trará economia, mas se houver muitos aclives e declives, um mais potente terá eficiência igual ou melhor.

 4 – Anote a frequência do uso do ar condicionado e se o veículo possui direção hidráulica

Estes equipamentos são ligados ao motor por correias, consumindo uma parte da potência disponível, podendo gerar uma perda de até 30% quando ambos estão em funcionamento. Um exemplo: em um teste da revista Fullpower com o Fiat Palio Fire 1.0 com A/C e direção hidráulica, a potência que era de 76 cv com o ar desligado e caiu para 61 cv com o dispositivo acionado. É uma diferença enorme.

Ao comprar um veículo com esta motorização, prefira os que têm direção elétrica em vez da hidráulica, pois a primeira não consome potência do motor. E avalie a sua necessidade de usar ar condicionado. Caso prefira ou precise usar por um período grande, como em cidades quentes, opte pelos motores mais potentes, como 1.4 e 1.6, que não perdem tanto desempenho nestas condições.

Sumário

Se você roda predominantemente em uma cidade plana, com carro vazio, ar condicionado desligado e seu veículo é equipado com direção elétrica ou mecânica, o 1.0 é o motor ideal para você. Caso se enquadre em algumas das condições acima, é melhor avaliar com calma, pois um motor mais potente pode atender melhor e ainda ser mais econômico. Na dúvida, consulte um especialista.

1 Comentário »

  1. Muito esclarecedor. Depois da leitura deste e de outros artigos estou abandonando a compra de um 1.0. Minha dúvida é: O primeiro motor “acima” de 1.0 é sempre o 1.4? É um padrão de mercado? Ou existe motores intermediários? Grato!

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    • Olá César.

      Ao se comparar os motores 1.0 e outros de maior “cilindrada”, todos aspirados, vale a pena gastar um pouco mais para comprar um modelo mais potente. Se você roda mais na cidade, o artigo fala sobre as vantagens do 1.0. Mas se você roda muito em rodovias, vale a pena levar o mais potente.

      A lógica não vale na comparação entre motores aspirados e turbo.

      Geralmente, a primeira opção acima do 1.0 é o 1.4, mas há exceções como os motores 1.1 de algumas versões antigas do Kia Picanto e o 1.2 Puretech das linhas Peugeot e Citroën.

      Obrigado pela participação

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