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Carros com estepe na tampa traseira: por que evitar

VW CrossFox e Citroën Aircross possuem estepe fixado à tampa traseira

VW CrossFox e Citroën Aircross possuem estepe fixado à tampa traseira

Os SUV´s e veículos de proposta aventureira ganham cada vez mais espaço no mercado brasileiro e mundial. Seu design se inspira nos jipes e utilitários antigos, os quais tinham seus estepes fixados na parte externa do veículo, como o intuito de facilitar as trocas e liberar espaço no interior do veículo, posto que os pneus sofriam avarias com mais frequência antigamente.

Se outrora os motivos eram práticos, atualmente o estepe fica na tampa traseira por razões puramente estéticas. Uma observação: isto é uma preferência do consumidor brasileiro, sendo vista com muito menos frequência em outros mercados.

O que poucos sabem são os inconvenientes causados pela peça do lado externo, algumas bem óbvias e outras conhecidas apenas por reparadores e especialistas. Veja na foto abaixo a diferença entre o Ford EcoSport brasileiro (esquerda, com estepe atrás) e o europeu (direita, sem estepe). Esta modificação foi verificada em pesquisas de mercado, pois os habitantes do velho continente torceram o nariz para o pneu externo:

ecosport

Segue uma lista de problemas de se ter um carro com pneu sobressalente pendurado na traseira:

1 – Visibilidade

Como a parte superior do pneu cobre a área inferior central do vidro, por onde o motorista olha primeiro ao fazer manobras de ré, a visibilidade traseira se mostra prejudicada pela peça. Caso o veículo não seja equipado com sensor ou câmera de ré, o condutor precisa ter boa noção espacial, a fim de considerar as dimensões do conjunto ao estacionar. Caso haja alguém ou algo passando por trás do veículo, fica mais difícil ver, especialmente se tiver pouca altura.

2 – O pneu fura com facilidade em pequenos impactos

Caso o motorista encoste ou bata o estepe com mais força em algum obstáculo, ele fura com facilidade. Pneus são projetados para suportar carga e impactos em sua banda, mas não em seu ombro (lateral), ficando vulneráveis às manobras, caso o proprietário não instale uma capa de material rígido, como plástico ou fibra.

Então, ocorrem duas situações frequentemente vistas: estepes furados que nunca são reparados, portanto inutilizados. É como andar em um carro sem estepe; e outros com sua estrutura comprometida e consertados de forma inadequada, quando deveriam ser substituídos (veja neste link os riscos de fazer um reparo inadequado em um pneu), oferecendo perigo aos ocupantes e demais participantes do trânsito.

Como as peças possuem alto preço de reposição e costumam rodar pouco, os donos preferem manter um pneu danificado. Saiba mais sobre os preços dos pneus neste link.

3 – Em caso de impactos traseiros de grande proporção, o valor dos reparos se mostra muito mais alto

E os casos de perda total também são mais frequentes. A explicação é simples: ao sofrer um impacto na traseira, um veículo normal tem a força distribuída por uma área muito maior, todo o para-choque traseiro. Isso torna o impacto menos brusco e causa menos danos. No caso do carro com estepe na traseira, a força da batida se concentra apenas em uma pequena região, onde está o pneu.

Isso faz amassar muito mais nesse lugar, com maior probabilidade de ocorrer danos estruturais na carroceira. Outro fator o qual aumenta o preço dos reparos reside no fato de as peças como lanternas, frisos e para-cheques dessas versões possuírem mais partes e detalhes, tendo custo superior às linhas normais.

Exemplo: o Fiat Idea 2006 possui duas versões: ELX e Adventure. Este possui estepe na parte externa e aquele não. Em um teste realizado pelo Cesvi de impacto traseiro a 15 km/h, a fim de aferir o índice de reparabilidade, o custo de reparo da versão ELX ficou em R$ 608, enquanto a versão Adventure totalizou estratosféricos R$ 3.824, pois neste último foi necessário fazer alinhamento de carroceria, trocar o estepe e seu suporte e todos os apliques plásticos, funilaria e pintura. No ELX, foi necessária somente a substituição do para-choque traseiro, funilaria e pintura.

Por isso, fique alerta ao adquirir um carro com estepe externo. Uma batida na traseira pode sair muito caro.

4 – Abertura do porta-malas

Veículos com estepe externo necessitam de bastante espaço para se ter acesso ao porta-malas, pois a tampa abre para a lateral, não para o alto. Alguns veículos como o VW CrossFox e a Chevrolet Spin Active possuem um sistema no qual o suporte do estepe é basculante, mas a tampa do compartimento abre para cima, conforme a foto abaixo.

Abertura do porta-malas do VW CrossFox

Abertura do porta-malas do VW CrossFox

Portanto, se precisar guardar objetos no porta-malas, pare o veículo a pelo menos um metro e meio do próximo obstáculo, faça a operação, e então estacione no lugar correto. Se precisar acessar o bagageiro novamente, puxe o carro para frente, abra o estepe, abra a tampa, tire ou guarde o que precisar, feche a tampa, feche o estepe e coloque o automóvel no lugar novamente. Nas versões com estepe interno, simplesmente, abra, guarde e feche.

5 – Roubos

Normalmente, costuma ser o primeiro inconveniente a ser lembrado. Na prática, ocorre com pouca frequência, pois a maioria dos veículos é equipado com trava de estepe e um dos parafusos de fixação tem padrão diferente, o que dificulta os furtos. Por isso, o índice de furtos desses estepes costuma ser menos frequente em relação aos veículos normais, mas quando ocorre o prejuízo se mostra enorme, pois esses conjuntos de roda e pneu possuem valor bem mais elevado.

6 – Troca de pneus

Quando um pneu fica avariado e é necessária a utilização do estepe, esta operação se mostra mais trabalhosa em comparação com um veículo comum, pois é necessário retirar todos os dispositivos de segurança como travas e parafusos especiais. Outro ponto negativo consiste no peso do conjunto, superior a 30 quilos, bem mais pesado que uma medida convencional. Como ele fica em posição mais alta, o esforço para montar e desmontar é bem maior. Portanto, trocar estes pneus exigem muita força física.

Muitos sonham em ter um utilitário esportivo, e sua variedade tem explodido em nosso mercado. Como em qualquer compra, o consumidor deve realizar pesquisa aprofundada, se informar e prestar atenção em todos os detalhes. Para os jipeiros e aspirantes, fica o aviso sobre os inconvenientes do estepe na parte traseira, os quais podem trazer grande dores de cabeça e no bolso.

 Leia mais um artigo sobre carros com estepe na tampa traseira clicando aqui.

1 Comentário »

  1. QUE LIXO DE MATÉRIA !!! Estagiário quem escreveu?????

    “1 – Visibilidade: Como a parte superior do pneu cobre a área inferior central do vidro, por onde o motorista olha primeiro ao fazer manobras de ré, a visibilidade traseira se mostra prejudicada pela peça. Caso o veículo não seja equipado com sensor ou câmera de ré, o condutor precisa ter boa noção espacial, a fim de considerar as dimensões do conjunto ao estacionar. Caso haja alguém ou algo passando por trás do veículo, fica mais difícil ver, especialmente se tiver pouca altura.”

    Piada né? Primeiro que hoje qualquer carro já saiu com sensor ou câmera de ré!! Segundo: Você só nãoo enxergaria uma pessoa caso fosse uma criança ou um anão !!!! Mas isso aconteceria com qualquer carro, não importando ter ou não ter o estepe do lado de fora!!!

    2 – O pneu fura com facilidade em pequenos impactos: Caso o motorista encoste ou bata o estepe com mais força em algum obstáculo, ele fura com facilidade. Pneus são projetados para suportar carga e impactos em sua banda, mas não em seu ombro (lateral), ficando vulneráveis às manobras, caso o proprietário não instale uma capa de material rígido, como plástico ou fibra.

    Pra chegar a danificar o pneu, tem que ser uma bela pancada !!! Aí tanto faz ter ou não uma capa rígida !!!!!!

    3 – Em caso de impactos traseiros de grande proporção, o valor dos reparos se mostra muito mais alto: E os casos de perda total também são mais frequentes.

    Primeiro: Se sofrer uma porrada na traseira é melhor mesmo que dÊ “perda total”… Tanto faz ter ou não o estepe do lado de fora !!! Eu pelo menos prefiro uma perda total do que consertar uma pancada!!!

    4 – Abertura do porta-malas: Veículos com estepe externo necessitam de bastante espaço para se ter acesso ao porta-malas, pois a tampa abre para a lateral, não para o alto.

    E pra abrir pra cima também não precisa de espaço????

    5 – Roubos:

    Oras, aqui em SP tanto faz você ter o estepe dentro ou fora do carro, eles roubam do mesmo jeito !!! E se tiver o estepe dentro do carro, ainda vai ter despesa com a troca do miolo (que provavelmente vão estourar) ou com um vidro novo ou ainda com funileiro para desentortar a porta !!!!

    6 – Troca de pneus: Quando um pneu fica avariado e é necessária a utilização do estepe, esta operação se mostra mais trabalhosa em comparação com um veículo comum, pois é necessário retirar todos os dispositivos de segurança como travas e parafusos especiais.

    Tem carro com estepe embaixo do carro!!! Pior ainda pra trocar !!!!! E mesmo dentro: se vc estiver viajando, vai ter que tirar toda a bagagem de dentro do porta-malas para poder ter acesso ao estepe !!! Fora a dor nas costas por ficar inclinado para pegar o estepe e soltar seu parafuso dentro do porta-mals!!!

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