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6 motivos pelos quais ser fanboy de uma marca “queima o filme”

fanboy

Os termos fanboy e choraboy foram criados recentemente para descrever uma pessoa que faz apologia insistente a uma marca ou produto, com diversas críticas aos seus concorrentes e fazendo vistas grossas aos defeitos do seu objeto de culto. O fenômeno existe há muito tempo, mas somente agora recebeu atenção dos pesquisadores.

Em geral, o fanboyism é observado predominantemente em homens e costuma ter como alvo produtos de alto valor agregado, como celulares, telivisões, computadores, videogames e, claro, carros. Para este consumidor, o fato de escolher uma certa marca ou modelo, supostamente superior, influencia sua identidade e autoestima. Quem não gosta de acreditar que fez uma escolha de algo de qualidade e/ou status superior à de outras pessoas?

Muitas vezes, os produtos realmente possuem qualidade superior. Mas nem sempre. Mesmo assim, as atitudes abaixo explicitam porquê ser fanboy de uma marca ou modelo “queima o filme”:

 

1. Ele faz questão de criticar e rebaixar as outras marcas

Por mais que seu carro seja bom, potente, equipado, seguro e bonito, reconhecer as qualidades dos concorrentes demonstra equilíbrio. Não há problema em gostar de um fabricante, mas desmerecer os demais apenas para justificar que a sua escolha é a melhor torna o fanboy chato e inconveniente. Defenda sua marca, mas reconheça as qualidades das outras.

2. Ele é cego para os defeitos do seu objeto de culto

Mesmo as marcas de altíssimo luxo possuem defeitos. No caso de marcas populares, não existe nenhuma sem um grave demérito. O inconveniente começa quando o fanboy nega e/ou racionaliza as mazelas do seu fabricante do coração ao mesmo tempo que se compraz em apontar as dos seus “rivais”. Ele não entende que ganhará respeito ao ponderar os defeitos do seu automóvel junto com os trunfos, fazendo o mesmo com os competidores.

3. Ele repete conceitos e chavões sem questioná-los

“Toyota é Toyota”; “Volkswagen: você conhece, você confia”; “Carro japonês não quebra”; “VW Gol é fácil de revender”; “Fiat é o melhor custo/benefício” e por aí vai. Poucas marcas comercializam apenas um modelo, e essa generalização pode levar a sérios enganos, pois marcas de boa fama produzem alguns veículos ruins, e vice-versa.

Vale lembrar que a Mercedes-Benz fez o Classe A de 1999 e a Volkswagen fez o Logus. O orgulho e a preguiça mental os impedem de abrir a mente para produtos melhores.

4. Eles fecham a mente para os fabricantes que não gostam e, principalmente, novas marcas

Os fanboys fecham os olhos a boas escolhas por não gostar de um fabricante ou compra um veículo rejeitado apenas porque a montadora do seu coração fez. O mercado automotivo é muito movimentado e sempre traz muitas novidades, mas o fanboy rejeita tudo que não foi feito pela sua marca preferida.

Quando há um lançamento de um fabricante recém-chegado, ele diz: Carro da [marca que ele não gosta] eu nem olho. Nunca vai ser igual a um [marca que ele gosta]! Manter a mente fechada é um dever para o fanboy, pois sua montadora do coração deve ser defendida incondicionalmente, como seu time de futebol.

5. Eles não perdem a chance de fazer piada com os “rivais”, mas se irritam quando satirizam sua marca favorita

A maioria dos fanboys conhece bastante e conversa muito sobre o mundo dos carros, citando todas as piadas contra os concorrentes.

Porém, o item 2 relata que eles são cegos para os defeitos de seu objeto do desejo, e a galhofa a respeito dele fere seu orgulho. Por exemplo, fãs da Volkswagen adoram falar que “Fiat é duas alegrias: uma quando compra e outra quando vende”, mas se irritam quando dizem que “Volkswagen é carro de colono: duro, pelado, mal-acabado e caro”. Apesar de os dois pontos de vista serem verdadeiros aos olhos de quem os defende e falsos, o fanboy não aceita o contraditório.

6. Eles não hesitam em pagar absurdamente caro por um carro de sua marca do coração

Mesmo que haja opções de melhor qualidade e a preços mais razoáveis. Para demonstrar seu amor à camisa, compram as versões topo de linha a valores fora da realidade. Para citar um exemplo, um fanboy da Toyota prefere pagar mais de R$ 100 mil em um Corolla Altis, que tem motor de apenas 155 cv, não é equipado com controles de tração e estabilidade, bancos elétricos, assistente de manobra nem teto solar.

Pelo mesmo valor, é possível adquirir um Volkswagen Jetta como tudo isso e motor turbo de 211 cv. Ou ainda, modelos de entrada de marcas premium como BMW, Mercedes-Benz, Audi e Volvo. Tal cenário torna a compra do Toyota flagrantemente irracional, mas o fanboy empedernido sempre achará argumentos para defender sua montadora com unhas e dentes.

Resumo da ópera

Todas as marcas sonham com a fidelização dos clientes, como consta na matéria Por que o brasileiro é tão infiel às marcas de carro. Por outro lado, alguns se mostram tão fiéis à sua marca que entram em polêmicas e tomam decisões irracionais baseados em suas preferências automotivas, muitas vezes se expondo a situações vexatórias. Tratam fabricantes de veículos como times de futebol.

No caso de uma compra com um impacto tão grande no orçamento, a racionalidade é fundamental. Claro que podemos gostar de algumas marcas/modelos/nacionalidades, mas a ponderação e bom senso se mostram fundamentais.

Um verdadeiro gearhead aprecia a diversidade de marcas e modelos, assim como as peculiaridades de cada uma. Carros da Porsche são robustos e tecnológicos; as Ferrari possuem um ronco inigualável; Subaru andam sobre trilhos; Muscle cars americanos queimam borracha como modelos de nenhuma outra nacionalidade; Os VW AP aguentam turbinagem bruta; Opala, Omega e Chevette têm tração traseira.

E a reflexão que fica para os gearheads é: mesmo tendo as nossas marcas/modelos preferidos, devemos fechar a mente para todos os outros carros bacanas que a indústria automobilística nos proporciona?

1 Comentário »

  1. Pingback: Amigos GearHeads
  2. Eu era fanboy da Ford qndo era adolescente influenciado pela minha mãe q sempre teve carros da Ford e ela adorava carro dessa fabricante, depois comecei entender de carros e passei a gostar de todas as fabricantes cada uma com suas qualidades e micos tbem, ja tive carros de praticamente todas fabricantes (ainda não tive oportunidade de ter nenhum japonês mas quero ter)

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