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O motor está falhando? Tente fazer isso antes de levar ao mecânico

Quem nunca teve um veículo com vibrações em marcha lenta, funcionamento irregular em baixas rotações, “engasgos” no início de retomadas, dificuldades na partida a frio, alto consumo, perda de performance e problemas similares?

Excetuados casos mais graves, os quais demandam reparos imediatos, tente realizar este procedimento antes de correr à oficina. Ele resolve cerca de metade dos problemas de funcionamento do propulsores a custo muito inferior ao de uma intervenção mecânica.

Boa parte dos problemas de funcionamento do motor são causados por combustível e/ou lubrificantes de má qualidade. Ao substituí-los por produtos de nível superior e eliminar as impurezas do sistema, resolve-se inúmeros problemas sem a necessidade de serviços de oficina.

1 – ESGOTE O COMBUSTÍVEL RUIM QUE HÁ NO TANQUE

O uso habitual de produtos de baixa qualidade ou o abastecimento de um tanque cheio de combustível fora das especificações pode contaminar o sistema de injeção e provocar funcionamento anormal do sistema.

O primeiro passo consiste em esgotar todo o produto com problemas, com vistas a iniciar processo de limpeza.

2 – ABASTEÇA COM GASOLINA ADITIVADA DE BOA QUALIDADE

Esqueça por um momento o preço do combustível. Complete o tanque com a melhor gasolina que puder encontrar. Se o posto oferecer algum tipo especial para limpeza de bicos injetores, use-o. Não tenha pena de gastar R$ 15 a mais para restaurar o desempenho e consumo originais de seu automóvel ou motocicleta.

A gasolina aditivada possui detergentes que ajudam a limpar os bicos e câmaras de combustão, desprendendo as impurezas impregnadas no sistema. Para garantir a eficácia do procedimento, recomenda-se abastecer ao menos dois tanques completos.

Caso não haja gasolina aditivada no estabelecimento ou deseje maior rapidez no processo, utilizar um aditivo de limpeza de bicos pode contribuir. O preço varia entre R$ 10 a R$ 30, em média.

aditivo de limpeza de bicos

3 – DÊ UMA “ESTICADA” EM ALGUMAS OCASIÕES

As rotações elevadas ajudam a desprender as impurezas do sistema de injeção e da câmara de combustão, fazendo-as ficar retidas no filtro de óleo. O melhor método consiste em dirigir o veículo em rodovia, a velocidade e rotação constantes, em uma marcha abaixo da recomendada.

Por exemplo, um veículo que trafega a 100 km/h em quinta marcha, o condutor pode reduzir para a quarta, elevando a rotação para cerca de 4 mil giros por curtos períodos de tempo. Quanto mais constante permanecerem a velocidade e rotação, mais eficaz a limpeza. Dez minutos contínuos ou alternados neste regime são o suficiente.

Dar uma dezena de arrancadas com o pé embaixo também contribui para “limpar a cabeça do pistão” e desentupir os bicos injetores, alimentados com combustível de primeira qualidade. Naturalmente, não se deve realizar as práticas além do necessário, para não prejudicar o propulsor e gerar outros defeitos.

Após dois tanques e a realização dos processos acima, o funcionamento do motor deve voltar ao normal. A priori, a operação em marcha lenta e rotações abaixo de 1.500 rpm devem ser evitadas para não reverter o processo, buscando a faixa entre 1.500 rpm e 3.00 rpm.

4 – TROCA DE ÓLEO E FILTROS

Uma vez restaurada a performance original, hora de eliminar toda a sujeira do sistema de alimentação do motor. Chegou a hora de trocar o óleo e os três filtros (óleo, ar e combustível).

Por que não fazer antes? A carbonização e impurezas presentes no sistema precisam ser eliminadas e ficam retidas no lubrificante e nos filtros, os quais absorverão toda a sujeira. Uma vez limpa a “parte de cima” do motor, hora de sanear o restante.

O uso de lubrificantes de baixa qualidade e/ou fora da especificação também contribuem para problemas no funcionamento do motor. Nesta hora, vale a mesma regra do posto de gasolina: não economize, utilize o melhor óleo lubrificante que puder. De preferência, o especificado pelo fabricante.

De agora em diante, vida normal. Basta observar os cuidados obrigatórios: abastecer com combustíveis de qualidade, respeitar os prazos para troca de óleo e guiar com zelo e atenção, poupando o veículo. 

SE O MOTOR CONTINUAR FALHANDO, O QUE FAÇO?

Caso a carbonização e quantidade de impurezas forem muito grandes, e o motor continuar com problemas, pode-se tentar a descarbonização e limpeza de bicos. Se as anormalidades persistirem mesmo assim, chegou a hora e procurar uma oficina e examinar o veículo com mais atenção.

RESOLVE EM TORNO DE METADE DOS CASOS

Muitos mecânicos relatam que seus clientes trazem carros com pequenas falhas relacionadas à qualidade do combustível, nos quais não é necessária a execução de nenhum serviço. Outros profissionais realizam este procedimento e cobram por ele, o que não há problema. Todavia, o proprietário pode fazer por conta própria.

Reza a lenda que os médicos dão o diagnóstico de “virose” para pequenas indisposições, febres e gripes. O equivalente dos mecânicos é “seu carro está com gasolina ruim”. A gasolina ruim é a “virose dos carros”, e a gasolina aditivada é o “anti-histamínico”.

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1 Comentário »

  1. É preciso cautela quando se fala em uso de aditivos. Se não conhecer uma boa oficina, procure indicação de bons profissionais. Falha no motor precisa de um diagnóstico preciso para evitar dor de cabeça e troca de peças desnecessárias. Sugiro trocar de posto de combustível sempre que sentir o carro falhar após o abastecimento.

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  2. Boa tarde !
    Muito interessante o artigo, parabéns pela equipe inteligente de vocês.
    São esses artigos como esse da educação automotiva que o país precisa para acabar com as farsas dos aproveitadores em qualquer categoria.

    Parabéns mais uma vez!!!

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