Veja o peso do preço da gasolina no seu bolso em três imagens
Os altos preços dos combustíveis são uma unanimidade entre os brasileiros. Todavia, poucos conhecem o impacto financeiro real quando os aumentos (ou reduções) nos preços ocorrem.
Este artigo traz três quadros comparativos e outro com todos os dados. Ele compara cinco veículos – uma motocicleta, um híbrido, um compacto, um sedã médio e um clássico – com seus respectivos dados técnicos e o impacto da variação do preço do combustível no orçamento de seu motorista.
Confira as três tabelas e o quadro-resumo abaixo:
1 – QUANTO CUSTA PARA ENCHER O TANQUE?
Valor para completar o tanque de cinco veículos, variando conforme o preço da gasolina. Adotou-se o derivado de petróleo como padrão por ser o único comum a todos os modelos.
Para a análise, foi calculado o preço da gasolina em uma faixa de R$ 1,50 a R$ 6,00.
Os números “fora da realidade” têm dois objetivos – no primeiro caso, fazer o motorista com memória de décadas passadas relembrar o quanto era barato completar o tanque.
No segundo, compreender a catástrofe nas finanças do motorista que ocorrem em caso de uma disparada dos preços dos combustíveis, a exemplo do ocorrido nas crises do petróleo nos anos 1970.

2 – CUSTO POR QUILÔMETRO RODADO
Quociente muito utilizado por empresas na gestão de suas frotas, ele pode ajudar o motorista comum a compreender melhor o impacto do preço dos combustíveis nas despesas com o veículo.
O motorista que conhece esse indicador tem consciência de quanto ele deixa no posto a cada quilômetro rodado na cidade, em média.

3 – CUSTO MÉDIO ANUAL COM COMBUSTÍVEL
Como o custo por quilômetro parece muito abstrato para algumas pessoas, somar a despesa anual acumulada dá uma ideia clara de como o aumento de preços de combustíveis pode ser dramático para manter um automóvel.
As células em vermelho mostram como manter alguns modelos pode ficar inviável em caso de pressões muito fortes sobre os preços do petróleo e derivados.
Para fazer este cálculo, arbitra-se a média de 15 mil quilômetros rodados por anos. Esta é a distância média rodada pelo maior grupo de proprietários de veículos particulares, excluindo o uso profissional.

4 – QUADRO COMPLETO
O quadro acima permite observar os dados de modo estruturado, assim como os números individuais para cada abastecimento, o custo por quilômetro rodado e a despesa anual de cada um dos cinco veículos.

O UPGRADE DE CATEGORIA É UM “UPGRADE” NA DESPESA
Estes quadros levam o motorista a refletir com números concretos sobre o aumento no custo com combustíveis ao sair do popular 1.0 e realizar o sonho no SUV.
No exemplo acima, imagine um motorista que faz um upgrade do VW up! para o Jeep Renegade. Fixado o preço a R$ 4,00, ele (ou ela) já sabe que gastará R$ 40 extras a cada abastecimento e R$ 1.803,74 a cada ano para rodar os mesmos 15 mil quilômetros.
Caso a opção dele fosse pelo híbrido Toyota Prius, ficaria com R$ 1.020,95 no bolso a cada 15 mil quilômetros.
O CREPÚSCULO DOS MOTORES V8
O Chevrolet Opala, um dos clássicos mais queridos do Brasil, apareceu neste comparativo para explicar o que ocorreu durante a crise do petróleo, nos anos 1970, e a necessidade da busca de eficiência energética.
Os preços da gasolina nos dias de hoje tornariam inviável a propriedade de veículos beberrões, dada a enorme diferença no valor gasto a cada 15 mil quilômetros – no comparativo entre o Prius e o Opala, a diferença chega a gritantes R$ 5.375,48, quase 63% a menos!
Todos nós amamos um belo clássico, mas pagar mais de R$ 400 por cada tanque não faz sentido para rodar no dia-a-dia.
SÃO SÓ VINTE CENTAVOS A MAIS NA ADITIVADA, PATRÃO!
A tabela também permite saber o quanto aqueles dez centavos a mais geram de impacto acumulado nas despesas com combustível. De vinte em vinte centavos lá se vão mais de R$ 300 a cada ano.
Os aumentos nos preços do petróleo e dos combustíveis na bomba geram o mesmo efeito, acumulado ano a ano. Motoristas que mantém o mesmo veículo por muitos anos, assim como mantém registros de seus gastos com combustíveis o conhecem muito bem.
O ponto central destas tabelas não consiste em fazer o leitor desistir de realizar o sonho de comprar aquele clássico ou fazer qualquer tipo de apologia a híbridos ou elétricos. Vale lembrar que existem outras despesas, tais como impostos, seguro, manutenção, depreciação, entre outros, os quais devem ser considerados em conjunto.
Estimar as despesas com combustível é fundamental para avaliar a compra ou troca de veículo, posto que é a maior despesa da grande maioria dos motoristas.
Avaliar se busca por aquele posto que cobra 10 centavos a menos, ou ainda se o uso de gasolina aditivada vale a pena, conhecendo o impacto em médio e longo prazo.