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Carros autônomos: como funcionam e quais seus benefícios

Os veículos autônomos – aqueles que dirigem com pouca ou nenhuma ajuda do motorista – recebem duras críticas tanto dos apaixonados por carros quanto dos céticos com posições contrárias a este avanço tecnológico. Por outro lado, os motoristas que guiam por necessidade enxergam uma chance de reduzir seu sofrimento.

Apesar dos motivos diametralmente opostos dos dois grupos – os gearheads se queixam da perda do prazer ao volante, ao passo que os céticos questionam a segurança – os veículos autoguiados se mostram um futuro inevitável e não se pode deter os adventos do progresso. Goste ou não, o carro autônomo será uma realidade em poucos anos.

Por outro lado, os motoristas por necessidade não devem ficar tão felizes, pois os veículos autoguiados não vão dirigir sozinhos para você, apenas facilitarão sua tarefa. A responsabilidade da condução do veículo continua pertencendo ao ser humano.

Tive a oportunidade de entrar em contato com o desenvolvimento da tecnologia de condução autônoma no meu curso de engenharia mecânica automobilística e me tornei entusiasta deste modelo gerenciamento de tráfego, o qual funciona muito bem no tráfego aéreo.

Abaixo, um breve relato do funcionamento dos veículos autônomos, de seus benefícios  e respsotas às dúvidas e objeções dos apaixonados por carros, dos céticos e dos esperançosos:

COMO FUNCIONA UM CARRO AUTÔNOMO?

Em suma, os carros autônomos serão conduzidos da mesma forma que os aviões. Nestes, o piloto fica responsável por fazer apenas a decolagem e aterrissagem manualmente, ao passo que o voo é comandado por instrumentos.

Para compreender a função dos veículos autônomos, tenha em mente os princípios abaixo:

Analogamente aos robôs de automação industrial, os carros autoguiados pouparão  o motorista de fazer o trabalho braçal de conduzir o veículo e deixarão a ele apenas o encargo de tomar as decisões mais importantes.

O principal objetivo da condução autônoma é o mesmo da automação industrial: aumento de produtividade. Isto é, chegar do ponto de partida ao destino em menos tempo, consumindo menos combustível, reduzindo o desgaste do veículo e tornando o trabalho do motorista mais fácil e menos penoso.

As pioneiras no desenvolvimento da tecnologia autônoma em escala comercial são a Google, a Apple e a Tesla Motors. A primeira abandonou seu projeto, a do meio o leva em banho-maria e a última, uma montadora, se encontra no estágio mais avançado.

Conheça mais sobre a Tesla Motors neste artigo.

Até o momento, o protocolo de percurso funciona assim:

Antes de partir, o responsável pela condução do automóvel deve digitar seu destino no GPS. Então, o condutor deve guiar seu veículo da forma tradicional da sua vaga de garagem até um ponto de controle de tráfego autônomo, no qual o autopilot assume. O sistema fará seu trabalho e a pessoa ao volante deve permanecer atenta por todo o percurso, pois pode ser chamada a efetuar alguma ação a qualquer momento.

Ao chegar ao fim da área automatizada, o condutor reassume a direção e leva seu automóvel ao local de estacionamento. Em suma, dirige-se um carro como se dirige um avião, e então responde-se a primeira dúvida dos céticos:

Vamos ver carros andando sozinhos pelas ruas, sem motorista?

Não. Em todos os lugares nos quais os veículos autônomos já se encontram regulamentados, é vedado que o automóvel circule sem condutor. Mesmo porque o início e final do percurso devem ser feitos da forma tradicional, posta a impossibilidade de cobrir todas as vias por condução autônoma.

Por sua vez, os entusiastas de carros questionam:

Os carros autônomos vão matar o prazer de dirigir?

Também não. Nos lugares nos quais a condução se mostra mais prazerosa, como estradas sinuosas e vias rápidas, o modo de condução tradicional será mantido e haverá boa convivência entre os veículos tradicionais e autônomos.

Os maiores benefícios da condução autônoma residem em redução de esforço com a automatização da direção no anda-e-para dos grandes centros urbanos e redução do tempo de percurso em vias de grande volume de circulação. Portanto, os automóveis autoguiados nos auxiliarão nas situações nas quais não há nenhuma emoção ao volante, ao mesmo tempo em que nos deixa livres para guiar nos momentos verdadeiramente prazerosos.

Os motoristas que consideram o volante uma fonte de sofrimento vão se libertar de vez do volante?

Infelizmente, não. De qualquer forma, a penúria ao dirigir será consideravelmente reduzida, posto que a maior parte das pequenas decisões de trânsito serão delegadas para o autopilot, uma vez que basta entrar com o destino, conduzir o veículo à área autônoma e ficar atento ao desenrolar do trajeto.

Ações pontuais como mudanças de faixa, parar ou seguir em semáforos amarelos, controle de aceleração e velocidade, controlar o veículo no anda-e-para nos congestionamentos, conversões à esquerda e à direita, busca de rotas e caminhos, troca de marchas, realização de balizas e estacionamento em vagas demarcadas deixarão de ser feitas pelo ser humano e passarão para a máquina.

Entretanto, o condutor não vai ter a liberdade de ler um livro ou assistir Netflix ao volante, pois deve prestar atenção ao trânsito da mesma forma da condução tradicional. Eventualidades como enchentes, acidentes e problemas na via que inviabilizem  direção autônoma podem obrigar o motorista a assumir o comando e guiar manualmente.

O poder último de decisão continua pertencendo ao motorista. A grande vantagem consiste na maior facilidade em a qual a tarefa será realizada, em menor tempo, com custos menores e menos estresse.

Resumo

De modo generalizado, todos os participantes do trânsito ganharão com a disseminação dos veículos autônomos. Da mesma forma como os clientes, trabalhadores e empreendedores tiveram melhoria na qualidade, preço e segurança de seus produtos e modo de produção.

Os céticos irão se acostumar com o avanço, tendo sua desconfiança dissolvida com o aprimoramento e consolidação da tecnologia oriunda da aviação. Afinal de contas, se os aviões se encontram entre os meios de transporte mais seguros do mundo e sua condução se encontra muito automatizada, certamente trará muitos ganhos para a segurança do tráfego terrestre.

Os gearheads serão os menos afetados. Em geral, a maior parte possui a mente aberta para a inovação e perceberão rapidamente seus benefícios como o aumento na segurança do trânsito. Seu maior medo – a perda do prazer ao dirigir – não acontecerá, pois tudo o que mais amam será reservado aos momentos realmente prazerosos.

Inovações como corridas de pilotos amadores contra robôs em autódromos e sistemas elétricos de propulsão, como o sistema KERS, em modelos esportivos agregarão prazer à experiência de dirigir e pilotar. Os amantes de automobilismo e veículos de alta performance verão grandes novidades para tornar sua experiência ainda melhor.

A maioria tende a abraçar o avanço, à exceção dos mais reacionários, os quais rejeitam equipamentos que estão popularizados há décadas, como o câmbio automático, assistentes eletrônicos e centrais multimídia. Apesar de se mostrarem um grupo barulhento, são em pequeno número e manterão seu importante papel de preservar a história automotiva.

Os motoristas que dirigem para viver certamente gostarão da popularização dos modelos autoguiados e a comodidade e redução de estresse que trarão. Uma vez convencidos sobre sua segurança, aceitarão o avanço com naturalidade e abraçarão a tecnologia, sempre relembrando como dirigir era um ato penoso no passado.


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1 Comentário »

  1. Bom dia Pedro. tenho uma inovação importante para motores a explosão que quero apresentar para que verifique interesse ou me oriente onde encaminhar.
    É uma realização simples no cabeçote que possibilita alterar o volume da câmara de explosão, mesmo com o motor funcionado, e assim aumentar ou diminuir sua taxa de compressão. Melhorando o rendimento para carros flex ou em motores em geral.
    Solicito retorno URGENTE pois o pedido de patente está a ser arquivado. Abraço.

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