Tesla Motors: em breve, ele será o carro dos seus sonhos
Publicação original de 29/05/2015, atualizado em 21/12/2017
Os amantes do mundo automotivo certamente já conhecem a Tesla Motors, montadora californiana fundada em 2003 por Martin Eberhard e Marc Tarpenning. Posteriormente recebeu financiamento do bilionário Elon Musk em 2004. Depois de um início tímido, os automóveis elétricos se tornaram um objeto de desejo de boa parte dos motoristas americanos.
Os carros da Tesla ainda não estão disponíveis oficialmente no Brasil, é possível ver alguns deles circulando por aqui, trazidos por importação independente. Em breve, os automóveis apelidados de “iPhone automotivo” chegarão às nossas ruas. As linhas abaixo trazem um breve histórico da marca, seus prós e contras e as perspectivas para o futuro.
INÍCIO DISCRETO

Tesla Roadster 2003, primeiro modelo da marca
O modelo de estreia do fabricante foi o Roadster, primeiro esportivo totalmente elétrico do mundo. Lançado em 2006, sua grande inovação consistia em fazer de 0 a 100 km/h em 3,9 segundos, ao mesmo tempo no qual percorre 57 quilômetros com um litro de combustível equivalente*, com autonomia de até 350 quilômetros.
Como tudo tem uma desvantagem, o preço inicial pesava no bolso: US$ 101.500 (R$ 337.893). Naturalmente, as vendas se limitaram a algumas dezenas e houve repercussão apenas dentro da indústria.
Com o passar dos anos, o empresário Elon Musk investiu pesado no aprimoramento da tecnologia. Focando na principal deficiência dos veículos elétricos – as baterias – a engenharia trabalhou duro para desenvolver uma tecnologia única, a qual entregasse autonomia próxima dos modelos movidos a gasolina ou diesel.
No início da década de 2010, o objetivo foi atingido e a febre do Model S foi deflagrada, especialmente com o preço do barril do petróleo acima dos US$ 100. Atualmente, grande parte dos motoristas americanos sonham com um Tesla Motors e seu mercado de usados fervilha. Elon Musk obteve grande êxito nessa empreitada.
O FABRICANTE DO FUTURO

Tesla Model S, o sedã elétrico mais desejado
A Tesla Motors fabrica apenas veículos elétricos e investiu milhões de dólares em desenvolvimento de baterias, o maior ponto fraco dos carros movidos por esta fonte. Enquanto os concorrentes dificilmente atingem mais de 200 quilômetros de autonomia, o Model S, um sedã de luxo, percorre 426 quilômetros sem recarga e faz 38 quilômetros com um litro de combustível equivalente*, ótima marca para um veículo de 2.108 kg.
Por ora, os modelos disponíveis são o Roadster, o qual acabou de ganhar nova geração, o Model S, sucesso de crítica e vendas. O Model X, um SUV, e o Model 3, um compacto, chegaram às ruas recentemente e batalham para se tornar referência como o sedã de luxo da linha.
O recém renovado Roadster ilustra a foto de capa desta matéria e promete causar uma disrupção entre os superesportivos, visando a criar um novo referencial. De fato, entrega performance muito similar aos modelos tradicionais, com propulsores de combustão ou híbridos, saindo da imobilidade aos 100 km/h em incríveis 1,7 segundos.
Qual consumidor não gostaria de possuir um veículo que pode fazer mais de 50 km/le*, que não tem ruído de motor a combustão, não polui e não precisa abastecer no posto? Basta plugar na tomada. Os russos estão ansiosos para o lançamento dos modelos da Tesla em seu país e o chamam de “iPhone sobre rodas”. O único senão é o preço: o Model S de entrada custa a partir de US$ 86 mil (R$ 286 mil). Mas a montadora pretende lançar modelos mais baratos, como o Model 3 a preços mais módicos.
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VANTAGENS
- Emissão zero;
- Baixíssimo consumo de energia elétrica, de cerca de 60 km/l eq*;
- Sem ruído do motor, muito silencioso e confortável;
- Aceleração excepcional, graças ao grande torque disponível a 0 rpm;
- Autonomia de 350 quilômetros, próxima de modelos de propulsão convencional;
- Muita tecnologia a bordo;
- Menor necessidade de manutenção;
- Isento de rodízio em São Paulo e enquadramento em menores alíquotas de IPVA.
DESVANTAGENS
- Necessidade de instalação de carregadores elétricos na garagem do proprietário, ao custo de R$ 5 mil a 20 mil.
- Não é possível fazer a recarga em tomadas comuns;
- Ausência completa de redes de recarga no Brasil;
- Velocidade máxima inferior aos concorrentes com motores a combustão;
- Altíssimo preço de aquisição, proibitivo para os motoristas comuns;
- Principais tecnologias indisponíveis no Brasil, como o Autopilot;
- Suspensão inadequada para as vias mal conservadas do Brasil;
- Resistência do consumidor brasileiro a novas tecnologias.
COMO COMPARAR O CONSUMO DE VEÍCULOS TRADICIONAIS COM ELÉTRICOS?
Com o objetivo de avaliar o consumo de veículos equipados com motores a combustão interna e híbridos com modelos totalmente elétricos, a engenharia automotiva criou uma medida comparativa entre o consumo de combustível fóssil e a eletricidade da rede: Quilômetros por litro de combustível equivalente. Seu princípio se mostra fácil de compreender, pois se baseia no custo da energia.
*Quilômetros por litro de combustível equivalente (km/leq) é uma medida que cria uma correlação entre o custo financeiro da eletricidade da rede de distribuição com o do combustível de origem fóssil ou vegetal.
Ele existe com o objetivo de equiparar o consumo de combustíveis distintos, como gasolina e eletricidade, e calcular a eficiência energética de um veículo totalmente elétrico e um com motor de combustão interna.
O CARRO DO FUTURO JÁ EXISTE
Gostou? Em breve, o sonho da maioria dos brasileiros será o carro elétrico. Atualmente, já temos o Toyota Prius, o Lexus CT200h e o Ford Fusion Hybrid disponíveis em nossas concessionárias. Apesar da participação de mercado ainda incipiente, os modelos com motores a combustão e elétricos crescem rapidamente em vendas, ainda limitados pelo alto valor de aquisição.
Os primeiros modelos híbridos, especialmente o Toyota Prius, começaram sem muito alarde e ganharam grande impulso nas vendas apenas dez anos depois. Da mesma forma, os Tesla já amealharam um grande fã clube e revolucionaram as preferências dos consumidores ianques. modo como as pessoas se locomovem.
Tecnologias em desenvolvimento como o Autopilot se mostram muito promissoras, auxiliando o condutor e contribuindo para o maior aproveitamento da energia das baterias. O apelo ambiental conquistou os clientes com maior preocupação ambiental, assim como a enorme central multimídia no centro do painel encanta os entusiastas da conectividade.
Especialistas acreditam que modelos elétricos conquistarão a hegemonia das ruas até 2040. Você trocaria os automóveis tradicionais por um elétrico?
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Obrigado pela leitura!
Uma das maiores ideias de futuro… Eletricidade é o futuro em tudo, praticamente.
Aguardo ansioso por motores de combustão super eficientes, mas, apenas por hobby, pois na prática, pretendo usar ( logo que possível/ se possível ) carros com usinas de força puramente elétrica.
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