Conheça os 5 tipos de híbridos e elétricos
Os veículos híbridos e elétricos já circulam em quantidade crescente nas ruas e estradas brasileiras, somando 133.305 exemplares em março de 2023.
Confira os quantitativos da frota de veículos híbridos e elétricos neste infográfico
Agora que conhecemos os dados, e sabemos que um em cada três são Toyota Corolla/Corolla Cross, será que será que os motores híbridos são todos iguais? E os elétricos? Claro que não. Conheça as cinco variantes de automóveis movidos a bateria, de modo parcial ou total.:
1 – HÍBRIDOS LEVES OU MILD HYBRID (MHEV)
Os híbridos leves (MHEV, mild hybrid electric vehicle) são os veículos com mecânica mais semelhante aos modelos convencionais. Sua motorização opera em modo elétrico apenas em velocidades inferiores a 25 km/h, em sua maioria. Acima disso, a propulsão ocorre pelo motor a combustão interna.
Confira neste artigo do Educação Automotiva como funciona um modelo híbrido leve
2 – HÍBRIDOS CONVENCIONAIS (HEV)
São os best-sellers entre os modelos movidos por dois motores: um convencional e outro a combustão interna, nos quais ambos atuam para propulsão. A maioria dos modelos híbridos, assim como o pioneiro Toyota Prius, lançado em 1999 nos EUA e Japão e em 2011 por aqui, utilizam combustíveis: gasolina e bateria.
O modelo mais vendido no Brasil, o Toyota Corolla Hybrid, utiliza conjunto mecânico similar ao do Prius, mas com três combustíveis em sua versão nacional: gasolina, álcool e eletricidade.
Seu carregamento ocorre por meio da regeneração da energia dissipada na frenagem e pelo funcionamento do motor a combustão interna, quando em funcionamento como propulsor ou gerador.
Estes modelos lideram as vendas de veículos com algum grau de eletrificação devido à grande autonomia, por vezes superior a mil quilômetros com um tanque de combustível, quanto pela versatilidade no uso e economia proporcionada ao motorista.
3 – HÍBRIDOS PLUG-IN (PHEV)
Os veículos híbridos plug-in (PHEV, plug-in hybrid electric vehicle, na sigla em inglês) se diferenciam dos seus pares híbridos (HEV) apenas pela opção de abastecimento por carregamento na rede elétrica como alternativa aos métodos aplicados aos híbridos tradicionais.
A ainda incipiente rede de eletropostos e o alto custo de instalação de um carregador residencial para carros elétricos, conhecido como wallbox, torna esta variante ainda pouco vantajosa em comparação com os HEV.
4 – ELÉTRICO COM EXTENSOR DE DISTÂNCIAS (REEV)
Os veículos elétricos com extensor de distância atendem pela sigla REEV (range extended electric vehicle). Esta variante se mostra a menos comum até o momento, aplicada majoritariamente em veículos pesados como caminhões e ônibus.
O veículo elétrico com extensor de distância possui duas unidades de potência – um gerador de combustão interna e os motores elétricos – como os outros híbridos. Sua característica distintiva consiste na propulsão ocorrer exclusivamente pelo conjunto de motores elétricos.
Os veículos elétricos com extensor de distâncias possuem motores elétricos e o gerador – um motor alimentado por combustível fóssil ou vegetal – dedicado exclusivamente a carregar as baterias, não atuando na propulsão do veículo. Daí receber o nome de gerador, como nas conhecidas unidades estacionárias a diesel dedicadas a gerar energia elétrica para shows e eventos.
5 – 100% ELÉTRICOS (BEV)
Os modelos totalmente elétricos, os quais atendem pela sigla BEV (battery electric vehicle) e são movidos exclusivamente a eletricidade, e o carregamento das baterias ocorre apenas pela regeneração da energia de frenagem e abastecimento na rede elétrica.
Como relatado no tópico dos híbridos carregáveis na rede elétrica, a falta de capilaridade da infraestrutura de recarga, autonomia inferior aos modelos híbridos e convencionais e alto custo de aquisição dos veículos e equipamentos de recarga residencial tornam os modelos movidos a eletricidade pouco atraentes para o condutor médio brasileiro.
DESAFIOS DOS MODELOS MOVIDOS A BATERIA
Os modelos híbridos crescem a passos largos e tendem a se tornar a maioria das vendas de veículos novos em médio prazo. Médias de consumo urbano acima dos 20 km/l, redução das despesas com combustível, impostos e manutenção, silêncio e conforto a bordo e garantia de 8 a 10 anos para as baterias têm tornado os modelos movidos a combustível fóssil e eletricidade bastante competitivos, visto que a diferença de valores de aquisição cai rapidamente, como ocorre nos Toyota Corolla e Corolla Cross.
Quanto aos veículos totalmente elétricos, a perspectiva não se mostra tão promissora. Os modelos mais acessíveis partem da casa do R$ 145 mil e a autonomia não supera os 400 quilômetros na maioria dos casos. A carência de eletropostos nas rodovias demanda planejamento de paradas para reabastecimento em viagens mais longas, restringindo seu uso aos trajetos urbanos em grandes capitais.
Por valores similares aos elétricos, modelos híbridos como o Kia Stonic se mostram mais atrativos em relação aos elétricos mais acessíveis em 2023. Mesmo com participação de mercado acima de 50% em países como a Noruega, o caminho da eletrificação da frota está apenas no início por aqui.