Muitos desejam possuir um automóvel com propulsão híbrida, mas esbarram em um grande obstáculo: são muito caros.

Menor emissão de poluentes, economia de combustível, isenção do rodízio, menor alíquota de IPVA e manutenção mais barata seriam bons chamarizes para a sua popularização, mas o preço de compra torna a compra proibitiva.

Vamos entender porquê os carros híbridos ainda custam muito. Basicamente, por três motivos:

OS 3 DESAFIOS ENFRENTADOS PELOS MODELOS ELETRIFICADOS

1 – Ainda não há incentivos tributários por parte dos governos estaduais e federal em corte de IPI, IPVA e ICMS. Caso ocorresse, o preço dos híbridos seria similar aos modelos a combustão. P. Ex: sem IPI e ICMS, o Toyota Prius custaria o mesmo de um Corolla.

2 – 30% do custo do veículo híbrido está nas baterias. Com o aumento da produção desses modelos, a tendência é que ele caia para 15% ou 20%. Com o aumento da concorrência, mais modelos híbridos e elétricos estarão disponíveis, barateando a aquisição.

3 – Há poucas opções no mercado brasileiro e o volume vendido é irrisório. Nos próximos anos, o volume tende a aumentar fortemente, especialmente a partir de 2020, quando a Toyota anunciou que toda a linha Corolla vai ter mecânica híbrida, igual à do Prius. A Ford e a Chevrolet também anunciaram novos modelos com propulsão elétrica.

Os 8 incentivos abaixo farão a venda de híbridos crescer exponencialmente, a partir da melhoria das três questões acima:

8 MOTIVOS PARA TER UM CARRO HÍBRIDO OU ELÉTRICO

1 – A Prefeitura de São Paulo isenta os modelos híbridos do rodízio municipal, uma grande vantagem na Capital. Outros municípios e governos estaduais também concedem incentivos.

2 – A mesma prefeitura renuncia à parcela de IPVA para híbridos, os quais recebem 40% de desconto no tributo. Outros entes governamentais fazem e/ou farão o mesmo, reduzindo o gasto com impostos e tornando os modelos a bateria mais competitivos. A diferença do preço de aquisição será rapidamente recuperada com a economia dos custos indiretos.

3 – A frequência e custos de manutenção desses modelos são menores, trazendo economia na manutenção e tempo de oficina.

4 – O consumo de combustível desses modelos é muito menor que os similares convencionais: o Prius roda 25 km/l na cidade, ante 11,5 km/l de seu irmão Corolla. Para quem anda muito na cidade, a economia é de mais de 50%.

5 – O motor elétrico não emite ruído nem vibração, tornando o veículo muito mais confortável e silencioso.

6 – O motor elétrico tem uma arrancada e retomada melhor que os convencionais, proporcionando melhor dirigibilidade na cidade.

7 – Atualmente, o proprietário de um Toyota Prius demoraria cerca de 5 a 7 anos para recuperar o valor pago a mais pelo híbrido em relação ao Corolla XEi, considerando a economia de gasolina e impostos e descontada a desvalorização mais acentuada do primeiro em relação a segundo.

Com a redução do preço de compra e maior aceitação por parte dos consumidores, tal prazo tende a ser fortemente reduzido ou até eliminado.

A compra de um modelo movido a eletricidade equivale à troca de lâmpadas incandescentes por outras de LED: gasta-se mais no ato da compra para economizar em custos de manutenção, gerando economia a médio e longo prazos.

8 – e mais importante – As emissões de gases poluentes do Prius são cerca de metade do seu irmão Corolla (68 g/km ante 118 g/km). Com o crescimento da frota de híbridos e elétricos, a poluição nos centros urbanos tende a diminuir gradualmente. A rápida evolução tecnológica poderá reduzir os gases tóxicos em mais de 80% nos próximos 20 anos em metrópoles como São Paulo e Rio de Janeiro.

O PRÓXIMO FENÔMENO DE VENDAS

O povo brasileiro já está bastante consciente sobre o assunto meio ambiente, e devemos incluir as medidas relacionadas a nossos carros, motocicletas e utilitários. Podemos deixar de despejar milhares de toneladas de poluentes na atmosfera com esses cuidados, além de tornar a caríssima estrutura de custos dos automóveis no Brasil mais favorável ao consumidor.

Mesmo com a conscientização crescente sobre as questões ambientais, existe um motivo ainda mais forte para a priorização de modelos híbridos e elétricos na próxima década:

A expressiva redução nas despesas com combustíveis e impostos contribuem para que veículos eletrificados se tornem o objeto de desejo de muitos nos próximos anos. O silêncio ao rodar e tecnologia embarcada se somam à consciência ecológica e vantagens financeiras.

Alguns consumidores ainda rejeitam estes veículos devido à sua chegada muito recente. Tradicionalmente, o consumidor brasileiro se coloca de maneira refratária às inovações tecnológicas e demora alguns anos para abraçá-las.

De qualquer maneira, a consolidação da rede de abastecimento, a redução paulatina dos preços de aquisição e manutenção, conforto e conveniência, assim como os incentivos tributários e economia de combustível farão dos modelos eletrificados o objeto de desejo da próxima década.

Confira mais artigos sobre carros híbridos e elétricos clicando neste link.