Quais são as maiores causas de acidentes?
Todos os acidentes, sem exceção, ocorrem devido a um conjunto de causas, as quais ocorrem concomitantemente. Órgãos de segurança viária e institutos de pesquisas sobre o trânsito desenvolvem inúmeros estudos, os quais fatalmente levam à mesma conclusão.
A afirmação abaixo constitui ponto pacífico entre todos os especialistas:
93% DOS ACIDENTES TÊM A FALHA HUMANA COMO PRINCIPAL CAUSADOR
A negligência, imprudência ou imperícia consiste, por larga margem, na maior causadora de acidentes de trânsito, perfazendo 75% das ocorrências. Outros 12% se originam em problemas nos veículos, como falta de manutenção ou modificações e reparos executados de forma incorreta. Por fim 6% por mau estado de conservação das vias. Apenas 7% possuem outras causas.
Os dados estão disponíveis no site do Portal do Trânsito Brasileiro, no link abaixo:
http://www.transitobr.com.br/index2.php?id_conteudo=8
USO DO TELEFONE MÓVEL E CENTRAIS MULTIMÍDIA AO DIRIGIR
Um fator não mencionado na matéria acima, e que têm contribuído significativamente nos dias de hoje é:
O uso de smartphones durante a condução, o qual se enquadra na categoria de negligência, por desviar a atenção do motorista do trânsito.
Os demais fatores, amplamente conhecidos por toda a sociedade, mas que ainda ocorrem largamente são a ingestão de álcool, o excesso de velocidade, o desrespeito à sinalização, a falta de técnica adequada para guiar (imperícia) e a sensação de onipotência causada pelos maus comportamentos ao volante.
Com a disseminação das centrais de infotenimento, as quais oferecem distrações tais como TV digital, DVD de filmes e música, conexão via Bluetooth, GPS e mais uma miscelânea enorme de funções com enorme potencial de distrair o condutor e causar acidentes.
Na época dos CD players automotivos, um fator que já preocupava as autoridades e consistia na causa de muitas colisões, se tratava do momento em que o motorista desviava atenção do tráfego para trocas os discos. Tal risco se apresenta muito potencializado nos dias de hoje, dada a diversidade de funções dos aparelhos mais recentes.
CATEGORIZAÇÃO DOS ACIDENTES
Os especialistas enquadram os acidentes na categoria de evitáveis e não evitáveis. Na primeira, na qual 90% das ocorrências se incluem, poderiam não acontecer com alguns cuidados extras do condutor. Na segunda, com apenas 10% de participação, se enquadram aqueles que aconteceram a despeito de o motorista seguir todas as boas práticas ao volante.
Os acidentes de trânsito custam R$ 22 bilhões aos contribuintes todo ano, e o Departamento de Transporte Britânico concluiu que a maior parte das vítimas morre por atropelamento naquele país. A imprudência dos pedestres também engrossa a estatística, visto que um pedestre que sofre impacto de um veículo trafegando a 32 km/h tem 95% de chances de sobreviver, mas se o choque for a 64 km/h, somente 15% conseguem escapar da morte, e com muitos ferimentos. Leia mais no link abaixo:
CONCURSO DE FATORES DE RISCO
No caso do acidente que vitimou o cantor Cristiano Araújo e a namorada, podemos observar inúmeros fatores que ocorreram simultaneamente, tratado pelos especialista com o termo “concurso de fatores”, devido à sua multiplicidade e simultaneidade. Isto é, fazer diversos atos perigosos ou arriscados ao mesmo tempo.
A lista abaixo traz os sete principais, não excluindo outros:
- Falta do uso de cintos de segurança;
- Fadiga;
- Condução noturna;
- Alteração das rodas originais;
- Excesso de velocidade;
- Uso de veículo inadequado para trafegar em alta velocidade;
- Faróis inadequados;
EM BUSCA DA SOLUÇÃO
A grande maioria dos acidentes – com ou sem vítimas – repetem este padrão de multiplicidade de causas e fatores de risco ocorrendo juntos. Pequenos cuidados especiais, tomados pelos condutores, trariam contribuição significativa para mitigá-los e reduzir o número de ocorrências de trânsito.
Manter a concentração na condução, evitar distrações, manter a manutenção do automóvel conforme a especificação do fabricante, manter as características originais do veículo, não dirigir com sono e/ou cansado, tampouco sob o efeito de álcool, drogas ou medicamentos, constituiria em medidas com grande potencial de reduzir o índice de mortalidade no trânsito com rapidez e baixíssimo custo.
Maior divulgação e treinamento dos condutores, especialmente os habilitados há muitos anos, multiplicando o material informativo e as melhores práticas ao volante, consiste na ação mais eficiente para reduzir o quadro de violência no trânsito atual.
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